sábado, 17 de janeiro de 2009

Tekto...quê???

Tektonik - novo estilo de dança

Ainda não existe bem uma definição para isto. É um estilo de dança que nasceu na França à pouco tempo. Costumava ser uma marca, não sei bem do quê.

Vejam o vídeo, isto está na moda.

Vários estilos de dança juntos?

A quem ache que não se deve misturar, mas desta vez saiu muito bem.
É fantástico




sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Tipos de Dança

Existem vários tipos de dança. Hoje em dia é possível encontrar quase todos os tipos de dança no mesmo centro recreativo, ou na mesma escola.

A escolha é muito vasta. Desde o ballet, à dança clássica, à dança contemporânea, à dança do ventre, ao hip-hop, às danças mediavais, ao rancho folclórico, às danças de salão, ao sapateado, entre outras.

A seguir irá aparecer uma breve explicação de cada uma das enumeradas em cima.


- Ballet
Ballet é o nome dado a um estilo de dança e a sua performance. O termo deriva do italiano ballare que significa bailar. Os princípios básicos do ballet são: postura erecta; uso do en dehors (rotação externa dos membros inferiores); verticalidade corporal; e simetria.
O ballet tem raízes na Itália renascentista através das pantomimas (peças de teatro sem falas, utilizando apenas expressões faciais e corporais, geralmente improvisadas) que eram realizados por actores e circenses em grandes salões para membros da corte.



- Dança do Ventre
A Dança do Ventre é uma dança do Período Matriarcal, cujos movimentos revelam sensualidade, de modo que a sua forma primitiva era considerada um ritual sagrado. As suas manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos actualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tendo como objectivo através de ritos religiosos, o preparo de mulheres para se tornarem mães (Penna, 1997).
Os seus movimentos são marcados pelas ondulações abdominais, de quadril e tronco isoladas ou combinadas, ondulações de braços e mãos, tremidos e batidas de quadril (shimmies), entre outros. Segundo a pesquisadora norte-americana Morroco, as ondulações abdominais consistem na imitação das contrações do parto: tribos do interior do Marrocos realizam ainda hoje, rituais de nascimento, em que as mulheres se reúnem em torno da parturiente com as mãos unidas, e cantando, realizam as ondulações abdominais a fim de estimular e apoiar a futura mãe a ter um parto saudável, sendo que a futura mãe fica de pé, e realiza também os movimentos das ondulações com a coluna. Estas mulheres são assim treinadas desde pequenas, através de danças muito semelhantes à Dança do Ventre.



- Hip-Hop
Hip hop é um movimento cultural iniciado no final da década de 1960 nos Estados Unidos como forma de reacção aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade urbana. É uma espécie de cultura das ruas, um movimento de reinvidicação de espaço e voz das periferias, traduzido nas letras questionadoras e agressivas, no ritmo forte e intenso e nas imagens grafitadas pelos muros das cidades. O hip hop como movimento cultural é composto por quatro manifestações artísticas principais: MCing que é a manifestação do mestre de cerimónias, que anima a festa com suas rimas improvisadas, a instrumentação dos DJs, a dança do breakdance e a pintura do grafite.
O termo música hip hop não se confunde com o rap (Rhythm and poetry), pois este tem estrutura divergente da música Hip Hop em vários pontos, apesar de terem alguns em comum.
Existem
rappers que não tocam Hip Hop, por exemplo Eminem. E também existem músicos de Hip Hop que não fazem RAP.
Exemplo claro disso é percebido quando se assiste à premiação norte-americana de clips da MTV, o chamado VMA. Neste existem duas categorias distintas: uma para melhor clip de Rap e outra para melhor clip de Hip Hop.

Break Dance (B-boying, Popping e Locking), por convenção, chama-se todas essas danças de Break Dance. Apesar de terem a mesma origem, são de lugares distintos e por isso apresentam influências das mais variadas. Desde o início da década de 60, quando a onda de música negra assolou os Estados Unidos, a população das grandes cidades sentia uma maior proximidade com estes artistas, principalmente por sua maneira verdadeira de demonstrar a alma nas suas canções. Os gangues da época usavam o break para disputar território, o gangue que se destacava melhor era o que comandava o território. A dança é inspirada nos movimentos da guerra.

Modalidades da dança de rua
B.Boying
House Dance
Popping
Locking
Hip Hop Freestyle



- Rancho Folclórico
Dança que é própria de certas regiões e que se mantêm vivas.

Vira
Chula
Corridinho
Saias
Fandango
Malhão
Chotiça
Pousade
Cana-Verde


- Danças de Salão
Ass dança de salão tiveram origem nos bailes das cortes reais europeias tomando forma na corte do Rei Luiz XIV na França. É possível que o abraço lateral venha do fato que na época os soldados carregavam a espada no lado esquerdo, como mostra nas fotos "O Bailarino" de Caroso. Também era evidente a postura clássica, ereta e com o torso fixo como no ballet que tem a mesma origem.
A forma de dança em casal foi levada pelos colonizadores para as diversas regiões das américas aonde deu origem às muitas variedades a medida que se mesclava às formas populares locais: tango na Argentina, o maxixe, que deu origem ao samba de gafieira, no Brasil, a habanera, que deu origem a diversos ritmos cubanos como a salsa, o bolero, a rumba etc.
Nos
Estados Unidos o swing surgiu de grupos negros dançando ao som de jazz no início dos anos vinte. As primeiras danças criadas foram o charleston e o lindy hop essas deram origem a vários outros tipos de danças de swing americanos como o jitterbug, o balboa, o west coast swing, o east coast swing e o lindy hop que é dançado hoje.


- Sapateado
Sem registos históricos que possam precisar datas e locais, sabe-se muito pouco a respeito das origens do sapateado: algumas das suas primeiras manifestações datam de meados do século V. Posteriormente, desenvolveu-se a partir do período da primeira Revolução Industrial. Os operários costumavam usar tamancos (clogs) para isolar a humidade que subia do solo e, nos períodos livres, reuniam-se nas ruas para exibir a sua arte: quem fizesse o maior e mais variado número de sons com os pés, de forma mais original, seria o vencedor. Por volta de 1800 sapatos foram adaptados especialmente para esta dança. O calçado era mais flexíveis, feito de couro, e as moedas eram fixadas à sola, para que o som fosse mais limpo. Mais tarde, finas placas de metal (taps) passaram a ser fixadas no lugar das moedas, o que aumentou ainda mais a qualidade do som.
Nos
Estados Unidos desenvolveu-se o chamado sapateado americano, introduzido no país por volta da primeira metade do século 19, na fusão que uniu ritmos e danças dos escravos, que já possuiam um estilo de dança próprio baseado nos sons corporais, com os estilos de sapateado praticados pelos imigrantes irlandeses e colonizadores ingleses.
A forma irlandesa do sapateado - também chamada de Irish Tap Dance - concentra-se nos pés, o tronco permanece rígido; já os americanos realizam a sua Tap Dance esbanjando ritmos sincopados e movimentos com o corpo todo, abrindo a dança para o estilo próprio de cada executor. O sapateado americano acresecentou à forma irlandesa da dança toda a riqueza musical e de movimentos dos ritmos dançados pelos africanos e com isso criou uma modalidade de dança ímpar e que se espalharia, posteriormente, por todo o território dos EUA e, durante o século XX, diversos outros países.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Gulbenkian - Um sonho destruído





Os lugares foram notoriamente escassos, ao contrário das palmas dos que aplaudiram, longa e calorosamente, de pé, os bailarinos da Gulbenkiam, que ontem dançaram pela última vez e retribuíam ao público, tanto os aplausos como as flores que lhes eram atiradas do auditório. Há muito que não se via uma manifestação assim, no palco da fundação ou no Teatro Camões, em Lisboa, onde se despediram.

"São os últimos de muitos que ao longo de 40 anos encheram, com uma arte única, palcos que se tornaram territórios de sonhos, viagens e fantasias". Esta foi a frase inicial de uma mensagem com que os bailarinos agradeceram a presença dos colaboradores, amigos e do público em geral - algum até nunca tinham visto a companhia mas quis solidarizar-se. A primeira peça só começou 20 minutos depois das 19.00, hora marcada para o início. A mensagem mencionava bailarinos, coreógrafos, músicos e artistas plásticos, recordava digressões pelo País e o estrangeiro.

Antigos bailarinos e coreógrafos, figuras conhecidas do mundo das artes e do espectáculo, gente anómina, muitos ocorreram ao Teatro Camões, com a esperança de conseguir um ingresso para assistir ao último espectáculo do Ballet Gulbenkian. Mas poucos mais de 800 tiveram acesso, dada a lotação da sala, pelo que, no final, toda a companhia veio continuar a dançar no exterior, acompanhada pela música do Danças Ocultas.

Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães foram só duas presenças entre individualidades ligadas à dança, como o último director da companhia, Paulo Ribeiro, e o encenador , cenógrafo e figurinista Nuno Carinhas ou o coreógrafo Rui Horta.

Luís Madureira, João Lourenço, Vera San Payo de Lemos, Margarida Cardoso, Raquel Freire, Fernanda Lapa, Fernando Gomes e Beatriz Batarda foram algumas das muitas figuras do teatro e do cinema que também compareceram. Cantata, música de Cristina Vetrone, coreografia de Mauro Bigonzetti, abriu o espectáculo, seguindo-se Aqui e Agora, improvisação colectiva, com participação do grupo Danças Ocultas.

O que é a dança contemporânea?

Na minha opinião, é um estilo de dança diferente, por isso quis começar por explicar o que é. Talvez porque a pratique ja a alguns anos, mas cada movimento é livre.

A dança contemporânea surgiu na década de 1960, como uma forma de protesto ou rompimento com a cultura clássica. Depois de um período de intensas inovações e experimentações, que muitas vezes beiravam a total desconstrução da arte, finalmente - na década de 1980 - a dança contemporânea começou a se definir, desenvolvendo uma linguagem própria, embora algumas vezes faça referência ao ballet clássico.

Mais que uma técnica específica, a dança contemporânea é uma coleção de sistemas e métodos desenvolvidos a partir da dança moderna e pós-moderna. O desenvolvimento da dança contemporânea foi paralelo, mas separado do desenvolvimento da New Dance na Inglaterra. Distinções podem ser feitas entre a dança contemporânea estadunidense, canadense e européia.
A dança contemporânea não se define em técnicas ou movimentos específicos, pois o intérprete/bailarino ganha autonomia para construir suas próprias
partituras coreográficas a partir de métodos e procedimentos de pesquisa como: improvisação, contato-improvisação, método Laban, técnica de release, Body Mind Centery (BMC), Alvin Nikolai. Esses métodos trazem instrumentos para que o intérprete crie suas composições a partir de temas relacionados a questões políticas, sociais, culturais, autobiográficas, comportamentais e cotidianas, como também a fisiologia e a anatomia do corpo. Aliado a isso, viu-se a necessidade da pesquisa teórica para complementação da prática.
O corpo na dança contemporânea é construído na maioria das vezes a partir de técnicas somáticas, que trazem o trabalho da conscientização do corpo e do movimento, como a
técnica Alexander, Feldenkrais, eutonia, Klauss Vianna (Brasil), dentre outras.

A dança contemporânea passou a trazer à discussão o papel de outras áreas artísticas na dança, como vídeo, música, fotografia, artes plásticas, performance, cultura digital e softwares específicos, que permitem alterações do que se entende como movimento, tornando movimentos reais em virtuais ou vice-versa. Surgindo, a partir de então, vertentes como a videodança, tornando mais híbridas as relações entre as diferentes áreas da dança.

A dança moderna modificou drasticamente as "posições-base" do balé clássico, além de tirar as sapatilhas das bailarinas e parar de controlar seu peso. Ela mantém, no entanto, a estrutura do balé, fazendo uso de diagonais e da dança conjunta. A dança contemporânea busca uma ruptura total com o balé, chegando às vezes até mesmo a deixar de lado a estética: o que importa é a transmissão de sentimentos, idéias, conceitos. Solos de improvisação são bastante freqüentes.
A composição de uma trilha para um espetáculo de dança contemporânea implica diversos outros fatores além da própria composição
musical.
A dança contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, todos os tipos de pessoas podem praticá-la.
Esse tipo de dança modificou o espaço, usando não só o palco como local de referência. Sua técnica é tão abrangente que não delimita os utensílios usados. O corpo, pesquisando suas diagonais, não delimita estilos de roupas, músicas, espaço ou movimento.